Frequentemente, objetos produzidos por outros plásticos também são comercializados no mercado como acrílico. O principal pelos equívocos no Brasil é o poliestireno (PS) cristal, um polímero usado em artigos de baixo custo, como em utilidades domésticas. O acrílico, por sua vez, é mais nobre e duradouro (no mínimo, 10 vezes mais resistente a impactos do que o vidro) e 100% reciclável. Para que o consumidor final não seja enganado, existem três formas básicas de reconhecer as diferenças entre os dois materiais. A primeira delas é o aspecto visual. De acordo com o engenheiro químico e diretor presidente do Indac, Fábio Fiasco, o poliestireno é azulado e amarela rapidamente, enquanto o acrílico é completamente transparente e não altera a cor com o tempo.
“Um bom exemplo é o da caneta BIC, que é feita de PS. Se colocarmos o objeto contra a luz veremos nitidamente o seu tom azulado”, diz Fiasco. “Em alguns objetos o reconhecimento pode ser feito também a partir da visualização da borda da peça. O acrílico permite enxergar a outra extremidade, enquanto que no poliestireno o aspecto é turvo – como se estivesse embaçado.”
Outra forma de identificar os materiais é pelo som. Segundo o engenheiro, ao jogar uma peça de poliestireno, como uma régua escolar, em uma superfície de concreto, o barulho do choque é estridente, similar ao de uma lata de alumínio caindo no chão. “Já o som do acrílico é seco, abafado, imitando um objeto de madeira”, afirma Fiasco.
É possível ainda diferenciar os plásticos pelo cheiro resultante da queima ou raspagem de parte do material. “O poliestireno solta uma fumaça preta e um cheiro bastante forte, parecido com o de óleo queimando. O acrílico queima com uma fumaça branca e odor mais agradável e suave, que lembra a fruta”, diz o presidente.
Fonte: Indac