Objetivo
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico tem como objetivo reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes e garantindo que sejam adotadas medidas adequadas à situações de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico é prescrita na NBR 13.434/2004, Parte 1 e Parte 2 e NBR 3434/2005, Parte 3 da ABNT.
Classificação das Sinalizações
Divide-se em sinalização básica e complementar.
Sinalização Básica
A sinalização básica é constituída de quatro categorias, de acordo com a função:
Sinalização de Proibição: Cuja função é proibir ou coibir ações capazes de conduzir ao inicio de um incêndio ou o seu agravamento;
Sinalização de Alerta: Cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial de risco;
Sinalização de Orientação e Salvamento: Cuja função é orientar rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso;
Sinalização de Equipamentos de Combate e Alarme: Cuja função é indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndio disponíveis.
Sinalização Complementar
A sinalização complementar é composta de faixas de cor ou mensagens, devendo ser empregadas nas seguintes situações:
Indicação continuada de rotas de saída;
Indicação de obstáculos e riscos de utilização de rotas de saída, como pilares e arestas de paredes, vigas e etc;
Mensagem escrita e específica que acompanha a sinalização básica, onde for necessária a complementação dada pelo símbolo.
Implantação das sinalizações
– Devem ser instaladas em locais visíveis;
– Devem ser instaladas a uma altura mínima de 1,80 m;
– Devem ser distribuídas de forma a manter uma distancia máxima de 15 m entre si;
– Devem ser instaladas de forma que a distancia máxima a percorrer até uma sinalização de saída não seja superior a 7,5 m;
– Quando no ambiente houver obstáculos que dificultem ou impeçam a visualização direta da sinalização, está deverá ser repetida a uma altura suficiente para a sua visualização.
– Quando um equipamento de combate a incêndio ou alarme for instalado em pilares, todas as faces visíveis deste devem ser sinalizadas.
– A sinalização de indicação de rota de saída continuada deve ser instalada, guardando o espaçamento máximo de 3 m entre si e quando instaladas em paredes estas deve possuir altura entre 0,25 e 0,50 m do piso acabado.
– Caso necessite utilizar outro idioma este não deve substituir o idioma original, mas ser incluído adicionalmente.
– As sinalizações de portas de saídas de emergência devem ser instaladas imediatamente acima da porta, no máximo a 10 cm da verga da porta, ou na impossibilidade desta diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,80 m.
Requisitos para sinalizações
As sinalizações devem atender aos requisitos previstos na NBR 13.434/2005, Parte 3, para serem aceitas, conforme a legislação em vigor. São requisitos a serem comprovados:
a) Propagação da chama;
b) Resistência a agentes químicos e a lavagem;
c) Resistência à água;
d) Resistência a detergentes;
e) Resistência à sabão;
f) Resistência a óleo comestível e gordura;
g) Resistência a névoa salina;
h) Resistência ao intemperismo;
i) Efeito fotoluminescente.
As placas de sinalização devem possuir em sua face visível o nome, logotipo ou CNPJ do fabricante, adicionalmente, os elementos de sinalização com características fotoluminescentes devem apresentar os seguintes dados:
a) Intensidade luminosa em milicandelas por metro quadrado, a 10 min e 60 min após a remoção de excitação da luz 22ºC +/- 3ºC (mínimo aceitável 140/20);
b) Tempo de atenuação, em minutos, a 22ºC +/- 3ºC (mínimo aceitável 1800);
c) Cor durante excitação (K = cor verde);
d) Cor da Fotoluminescência (W = branca).
Exemplo: (Logotipo ou CNPJ do fabricante – 140/20 – 1800 – K – W)
Para as sinalizações complementares de indicação continuada de rota de saída (próxima ao solo), devem apresentar os seguintes parâmetros técnicos mínimos (20/2,8 – 340 – K – W).
Representação em planta
As sinalizações devem ser representadas em plantas baixas de planos e projetos, conforme especificado no item 6.1.1 da NBR 13.434/2004, Parte 1, ou seja, através de uma circunferência dividida horizontalmente ao meio, sendo que na parte superior deve constar o código do símbolo, conforme item 5 da NBR 13.434/2004, Parte 2, e na parte inferior deve constar suas dimensões em milímetros, conforme Tabela 1 da mesma norma.
Símbolos para identificação de placas de sinalização em planta baixa
Dimensões pré-definidas para placas de sinalização (Tabela 1) e letras de placas (Tabela 2), conforme NBR 13.434/2004, Parte 2:
Tabela 1 – Dimensões pré-definidas para placas de sinalizações
Tabela 2 – Altura mínima das letras em placas de sinalização em função da distância de leitura
Para o cálculo das dimensões das placas e o tamanho da letra das sinalizações, deve-se observar a relação abaixo:
A) Dimensões de placas:
A > ____L²_____ A, é a área da placa em metros quadrados.
2000 L, é à distância do observador à placa, em metros.
Esta relação é valida para distancias mínimas de 4m e máximas de 50m
B) Dimensões de letras:
h > ___L___ h, é a altura da letra em metros.
125 L, é à distância do observador à placa, em metros.
Dicas para uma compra correta
– Certifique-se que a placa que você esta adquirindo atende todos os requisitos exigidos na NBR 13.434/2005, Parte 3. Para isso exija os laudos realizados em laboratórios acreditados ao INMETRO ou consulte o Corpo de Bombeiros local.
– Não compre gato por lebre, preços muito baixos ou promoções a preços muito abaixo do mercado podem representar placas que não atendam os requisitos da NBR 13.434/2005, Parte 3.
– O valor da placa está relacionado às dimensões da mesma, portanto, um bom projeto antes de adquirir as placas poderá trazer-lhe grande economia.
Fonte
NBR 13.434/2004, Parte 1 – Princípios de projeto;
NBR 13.434/2004, Parte 2 – Símbolos e suas formas, dimensões e cores;
NBR 13.434/2005, Parte 3 – Requisitos e métodos de ensaio;
Instrução Técnica nº. 20/2011 do Corpo de Bombeiros de São Paulo – Sinalização de Emergência.
Imagens – Instrução Técnica nº. 20/2011 do Corpo de Bombeiros de São Paulo – Sinalização de Emergência.
Observação: Esta publicação não substitui o previsto nas normas acima citadas.
Fonte: Braatz Prevenção